Cumbuca; Página do Gaúcho; Projeto Brincantes; Causos assustadores do Piauí; Almanaque Pitinga. Você consegue imaginar o que tudo isso tem em comum? Pois bem, todos eles são fontes de informação que tratam, em certa medida, do nosso rico folclore. Exatamente! E nenhuma delas aparece na primeira página de resultados dos nossos queridos buscadores quando o assunto é folclore.
Se você alguma vez já pesquisou a palavra "folclore" ou "folclore brasileiro" no Google, certamente se deparou basicamente com matérias de sites educacionais falando das "lendas, cantigas, danças, gastronomia tradicionais", atividades para colorir, vídeos de canções para crianças. Quase todos trazem as mesmas informações: conceitos, exemplos das manifestações mais conhecidas. Mas que tal ir um pouco além e se aventurar por terras menos conhecidas da nossa cultura?
Separamos aqui apenas alguns dos muitos materiais sobre o assunto que você poderá encontrar. Olha só:
Cumbuca
Um site que surgiu como fruto de pesquisas sobre a cultura popular da Zona da Mata e que se propõe como "Uma tentativa de criar um espaço virtual de comunicação, colaboração, divulgação e promoção do folclore e da cultura popular da Zona da Mata, de Minas Gerais, da Paraíba, do Brasil e do mundo". Nele você encontra, por exemplo, o livro Folguedos da Mata, resultado dessa pesquisa, além de poder navegar por textos de categorias como Casa de Taipa, Terreiro Cultural, Mestres da Cultura Popular, Dança de Caboclo, entre outros. Para conhecer essa iniciativa, acesse: http://cumbuca.org.br/about/
Foto de João P Faria / CC BY-SA Disponível em Wikimedia Commons |
Iniciativa da prefeitura de Recife, o projeto apresenta textos produzidos por professores e jornalistas sobre temas da cultura popular da região como, o teatro popular, os Caboclinhos, o frevo, o maracatu entre outras. As publicações do projeto estão disponíveis no endereço: http://www.recife.pe.gov.br/especiais/brincantes/abertura1.html
Causos assustadores do Piauí
Quem aí gosta de uma boa história de terror? Quem nunca ouviu falar de um causo de fantasma em sua cidade? Pois é, este projeto, idealizado por José Gil Barbosa Terceiro, tem o propósito de preservar a tradição oral do Estado do Piauí e pode servir de inspiração para iniciativas semelhantes. Tudo começou com um grupo no Facebook, onde José Gil contou as histórias que conhecia: causos, relatos de aparições, lendas e abriu espaço para que outras pessoas fizessem o mesmo, com a condição de que as histórias contadas tivessem ocorrido ou fossem originárias do Piauí. O projeto evoluiu para um canal no Youtube (com curtas, animações, depoimentos), uma página no Facebook e também um site, que reúne as histórias recolhidas. Uma boa oportunidade de conhecer o folclore da região, que você encontra no endereço: https://causosassustadoresdopiaui.wordpress.com/sobre/
Foto de Luís Guilherme Fernandes Pereira Disponível em Wikimedia Commons/ CC BY |
Página do Gaúcho
Criado em 1996 por Roberto Cohen, o site abriga uma enorme quantidade de informações sobre a cultura gaúcha, que passam pelas danças, música, vestimentas, lendas e causos, mas também contemplam aspectos como o cotidiano, o cavalo para os gaúchos, a linguagem. O linguajar gaúcho, aliás, está presente em todo o site, que chegou até a ser tema de dissertação de mestrado. Vale a pena conferir: http://www.paginadogaucho.com.br/
Almanaque Pitinga
Publicação editada pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular - CNFCP, fruto de um curso realizado pela Associação das Artesãs Ribeirinhas de Santarém, o almanaque apresenta resultados de estudos sobre a cultura local. Um material extremamente rico e autêntico, com informações sobre a floresta, as construções, brincadeiras, modos de vida, transportes, remédios caseiros, receitas, a produção e o uso das cuias e muito mais. Tudo isso nas palavras dos moradores das comunidades ribeirinhas que dão vida à região. O material faz parte do acervo digital do CNFCP e está disponível no link: http://www.cnfcp.gov.br/arquivos/file/Almanaque_Pitinga.pdf
E aí, gostou dessas dicas? Então aproveite esse material para viajar pela riqueza de nossa cultura. Conhece mais algum material bacana? Então comenta aqui com a gente ;)
Por Natália C. Lorevice, estagiária do SIBISC
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